Com a Pandemia do Covid19 acontecendo e o isolamento social sendo necessário, um dos assuntos falados nesses dias é a Telemedicina. Mas o que é Telemedicina? Quais são suas especialidades? Como funciona a Telemedicina no Brasil e o laudo a distância? A Clean Medical esclarece essas dúvidas para vocês.

Telemedicina é uma área da telessaúde que oferece suporte diagnóstico de forma remota e permite a interpretação de exames e a emissão de laudos médicos a distância. Por isso ela conta com o apoio das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). A Telemedicina é exercida por profissionais de saúde devidamente capacitados, considerando as áreas avaliadas e hoje está presente em hospitais, clínicas, consultórios, ambulâncias e até no auxílio a bases humanitárias em regiões inóspitas ou de guerra.

A telemedicina funciona por meio de uma combinação de equipamentos digitais, softwares, plataforma, Internet e especialistas qualificados.Inicialmente, um profissional de saúde treinado, como um técnico de enfermagem ou radiologia, realiza um exame de diagnóstico por imagem, como eletrocardiograma ou radiografia.

Para isso, usa um aparelho capaz de gerar imagens digitais em conexão direta ou indireta com o computador, quando um software é usado para a visualização dos resultados. Também a partir do computador, é possível compartilhar as informações em uma plataforma de telemedicina.

Ela é responsável pelo armazenamento em nuvem, ou seja, os dados colhidos durante o exame, além de informações clínicas do paciente ficam salvos e podem ser acessados em qualquer hora.

São muitas as vantagens de contar com o respaldo da telemedicina, tanto para gestores e profissionais de saúde quanto para pacientes e a sociedade como um todo. A transmissão e o compartilhamento de informações médicas a quaisquer distâncias, com segurança e melhorias também na qualidade do atendimento são os principais benefícios.

A telemedicina no Brasil, por sua vez, conta com iniciativas realizadas tanto pela rede privada quanto pela pública. No Estado de Goiás, por exemplo, cerca de 500 retinografias são laudadas a distância todos os meses, reforçando o monitoramento de pacientes nos postos de saúde.

No Brasil, iniciativas usando a telemedicina estão presentes desde a década de 1990, quando empresas como a Telecardio passaram a disponibilizar eletrocardiogramas a distância. O Instituto do Coração (Incor) foi pioneiro ao oferecer a interpretação desses exames vindos de diversas localidades brasileiras — na época, eram enviados via fax.

No segmento acadêmico, a Universidade de São Paulo (USP) foi a primeira a criar uma disciplina dedicada ao estudo da telemedicina no Brasil, em 1997. Dois anos depois, a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) inaugurou o seu laboratório de telemedicina. Acompanhando as iniciativas e vantagens que essas inovações poderiam trazer ao Sistema Único de Saúde (SUS), a União encomendou, em 2005, o Projeto de Telemática e Telemedicina em apoio à Atenção Primária no Brasil.