Na recuperação, seja de uma internação ou pós-cirurgico, existe algo que é de extrema importância que todos os médicos e enfermeiros ficam de olho para prevenir: as infecções hospitalares. Hoje vamos abordar esse tema explicando o que são essas infecções e como os hospitais e cada equipe hospitalar fazem para evitá-las.

Todo paciente que precisa ficar por um período em um hospital ou clínica após uma cirurgia ou durante uma internação e que precisa de procedimentos de assistência médica, está sujeito às infecções hospitalares. Elas se manifestem justamente nesse período e são complicações que surgem após a realização de algum procedimento médico. Veja alguns exemplos:

  • passagem de cateter vesical para controle de diurese e evolução para infecção urinária associada à sonda vesical;
  • passagem de acesso venoso central e evolução para infecção da corrente sanguínea associada a cateter venoso central;
  • realização de intubação oro traqueal e evolução para pneumonia associada à ventilação mecânica;
  • realização de cirurgia e evolução para infecção de sítio cirúrgico.

Algo simples porém que faz total diferença e que influência diretamente na prevenção de infecções hospitalares é a higiene correta das mãos, tanto paciente, médicos, enfermeiros e não para por aí, os visitantes precisam estar inclusos também.

Além da higiene as mãos, existe também um “pacote” de medidas de prevenção associada à inserção e manutenção de dispositivos invasivos. Os hospitais devem constituir os Serviços de Controle de Infecção Hospitalar que implantam programas de  prevenção e controle de infecção hospitalar, junto com as equipes multiprofissionais que trabalham dentro do hospital, desenvolvendo os pacotes de medidas de prevenção e controle. É importante, engajar todos os profissionais que são responsáveis no cuidado dos pacientes.

Quais os perigos da infecção hospitalar?

As infecções relacionadas à assistência à saúde aumentam: 

  • O tempo de permanência hospitalar;
  • Morbimortalidade intra-hospitalar;
  • Custo;
  • Além do risco jurídico para ações contra o hospital e subsequentes indenizações.

Além do risco jurídico para ações contra o hospital e subsequentes indenizações.

Mas o papel para evitar as infecções hospitalares não se restringe apenas aos profissionais da saúde mas para os pacientes também. Eles devem seguir as orientações dos profissionais de saúde quanto aos cuidados na manutenção dos dispositivos invasivos, por exemplo, sonda vesical de demora, cateter venoso central, etc. Além disso, os pacientes podem funcionar como verdadeiros fiscais das ações de prevenção, como por exemplo, exigindo a higiene das mãos dos profissionais de saúde nos 5 momentos da assistência: antes do contato com o paciente, antes de procedimento asséptico, após contato com fluidos, após contato com o paciente e após contato com superfícies próximas ao paciente.
            Os visitantes podem ajudar os pacientes no entendimento das orientações dos profissionais de saúde sobre as medidas de prevenção e controle de infecção e a manutenção adequada dos dispositivos invasivos, bem como na fiscalização para a higiene das mãos. Além disso, é muito importante que o visitante esteja consciente de que ele pode transmitir doenças infecciosas para o paciente durante a visita, agravando o quadro clínico. Dessa forma, o visitante não deve realizar as visitas se estiver doente, como por exemplo, resfriado ou gripe, pneumonia, conjuntivite, diarréia ou lesões de pele suspeitas.