É comum considerar engenharia clínica apenas como área de manutenção, mas o setor é muito mais amplo e extremamente estratégico, influenciando tanto no atendimento ao paciente quanto no retorno financeiro.

O setor de engenharia clínica (EC) no Brasil está em crescimento, em parte devido à pandemia, que permitiu mostrar ao mercado que tecnologia em saúde é estratégico. Além do mercado estar em expansão, existe uma demanda reprimida. São mais de 300.000 serviços de saúde no Brasil, sendo que mais de 6.000 hospitais sentem a pressão para que sejam cada vez mais seguros para o paciente.

A engenharia clínica é uma grande parceira quando o assunto é manutenção, pois trata do uso congruente e bem planejado dos recursos que o hospital possui. A área demanda cuidados técnicos que apenas uma equipe capacitada e especializada pode desenvolver, pois são necessários conhecimentos específicos e experiências para analisar todas as questões que fazem com que o parque tecnológico de um estabelecimento de saúde funcione corretamente.

Hospitais são fiscalizados pelo sistema CONFEA/CREA e toda área de engenharia dentro de um estabelecimento de saúde precisa ter um responsável técnico. Sendo assim, o serviço de engenharia clínica está propriamente associado à qualidade dos serviços prestados e à segurança de seus usuários.

Engenharia clínica vai muito além da manutenção, é estratégia!

De acordo com a Resolução nº 218, do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, dezoito atividades fazem parte das atribuições do profissional, entre elas consultoria, orientação técnica, padronização, condução de trabalho, ensino, pesquisa, fiscalização de obra e controle de qualidade, sendo que apenas três mencionam a manutenção. A definição do Colégio Americano de Engenharia Clínica classifica o engenheiro clínico como o profissional que aplica conhecimentos teóricos e práticos de engenharia somados a habilidades gerenciais para melhorar e desenvolver o cuidado dispensado ao paciente.

É comum considerar engenharia clínica apenas como uma área de manutenção, mas o setor é muito mais amplo e extremamente estratégico, influenciando tanto no atendimento ao paciente quanto no retorno financeiro da instituição. Por isso é tão importante dar a devida atenção a ele.

Engenharia clínica vai muito além da manutenção, é estratégia!A manutenção responde por cerca de 10% a 20% das atividades de engenharia clínica dentro de um estabelecimento de saúde, mas é a que mais tem destaque. Os próprios profissionais têm feito grandes esforços para mostrar que outras atividades trazem maior retorno financeiro, desde a seleção correta dos equipamentos médico-hospitalares até o acompanhamento eficaz de todo o ciclo de vida destes ativos e seu descarte.

Ao internalizar o conceito do serviço de engenharia, seja no equipamento médico, na infraestrutura ou em obras incluindo arquitetos hospitalares, o hospital fica muito mais forte em estratégia tecnológica, que por sua vez acaba fortalecendo a estratégia de sobrevivência, a estratégia administrativa e a estratégia clínica, que tem como objetivo produzir mais resultados em saúde. Ou seja, manutenção é importante, mas engenharia é mais que manutenção!

A engenharia clínica tem maior resultado com a segurança do paciente, do próprio patrimônio e do colaborador quando trabalha em conjunto com o serviço especializado em engenharia de segurança e medicina do trabalho, CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar ou com o Núcleo de Segurança do Paciente.

Uma engenharia bem estruturada também proporciona independência dos fornecedores e fabricantes em relação ao próprio treinamento quando há ação corretiva e preventiva, gerando respostas mais rápidas às necessidades dos hospitais, não somente pela prontidão no conserto, mas também por garantir que o equipamento esteja apto para operar com segurança.

Além da segurança, o foco deve estar no índice zero de eventos adversos com equipamentos médicos. Para alcançar esse resultado é necessário trabalhar fortemente nos serviços preventivos, seguindo sempre as recomendações do fabricante e as legislações vigentes. Atrelado a esta confiabilidade, atender os indicadores estratégicos da instituição é de extrema importância.

Engenharia clínica vai muito além da manutenção, é estratégia!Quando um hospital implanta a engenharia clínica e permanece com ela, é um bom sinal de que está dando resultado. Em geral, a área atua para cortar contratos de manutenção desnecessários e negociar melhores aspectos técnicos daqueles contratos que são necessários. É notório que o hospital sem um serviço de engenharia estruturado, em que cada setor trata seus problemas diretamente com os fornecedores, acaba perdendo força não só no aspecto técnico, como também no comercial.

Resumindo, uma engenharia clínica bem estruturada deve garantir a mais alta disponibilidade de equipamentos médicos para o estabelecimento, mas deve deixar bem solidificado para os administradores (geralmente na forma de relatórios consistentes e fundamentados) o custo de não fazer, ou seja, qual o prejuízo que a unidade de saúde teria se não houvesse essa gestão.

O primeiro passo para estruturar a área de engenharia clínica é fazer um bom diagnóstico da situação do hospital, localizar riscos, entender os mecanismos de ação e fazer um relatório com propostas de melhoria, incluindo os custos envolvidos. Essa recomendação serve não apenas para a equipe da engenharia clínica, mas também para a área de engenharia hospitalar, que envolve estrutura, elevadores, gases, energia elétrica e qualidade da água.

Depois do diagnóstico é importante realizar o inventário do parque tecnológico, elencando todos os equipamentos, identificando fabricantes, modelos e números de série, incluindo também os de infraestrutura: gerador, manifold para cilindros, tanque criogênico, compressor e central de vácuo, entre outros.

Após a conclusão do inventário, é preciso seguir alguns critérios para incluir ou não os equipamentos nos programas que serão implementados pela engenharia, como de treinamento, conformidade em normas, segurança, manutenção preventiva e corretiva, dependendo do hospital e da sua estratégia tecnológica. Sabendo disso, é possível dimensionar a equipe de atuação através de algumas ferramentas.

Também é imprescindível manter o treinamento constante para ter uma equipe forte e sempre alinhada com os conhecimentos mais recentes que influenciam no desempenho desse tipo de serviço. O gestor de engenharia clínica deve monitorar constantemente seus indicadores de desempenho através de bons sistemas computadorizados. Já o principal ativo da área – o capital humano – é dimensionado a partir do tamanho do parque tecnológico instalado, e de preferência, com a estrutura mais enxuta possível.

Engenharia clínica vai muito além da manutenção, é estratégia!

O departamento de engenharia clínica é bem complexo e pensar em um mundo ideal pode encarecer muito o projeto de implantação. Basear-se na legislação vigente permite maior assertividade no planejamento, assim como prever um espaço físico interno, administrativo e técnico para atender as demandas e logísticas com os equipamentos, entre eles, o espaço da higienização, análise em bancada, espaço para armazenamento enquanto aguarda o fabricante analisar e reparar a tecnologia caracterizada como serviço externo, ou mesmo o espaço para recebimento de peça adquirida para um determinado reparo interno.

Este conjunto de características permite maior assertividade na estrutura do espaço de engenharia clínica e receber profissionais, como engenheiros, tecnólogos e técnicos de engenharia clínica, dimensionando o time de acordo com as rotinas estabelecidas e o volume de atendimento previsto para o parque tecnológico.

A engenharia clínica nos hospitais pode ser própria, terceirizada ou híbrida. Grandes hospitais vêm operando com estruturas híbridas ou terceirizadas, pois alguns equipamentos têm grande complexidade tecnológica, sendo mais econômico fazer parcerias, principalmente para manutenção preventiva e corretiva. Hoje, a diferença entre os modelos não é mais técnica. As formações dos profissionais estão cada vez mais equivalentes e igualitárias. A pandemia da Covid-19 é exemplo de um pico de demanda que levou instituições a terceirizarem por meio de players qualificados que mantiveram prazo e qualidade na entrega.

A locação de equipamentos médico-hospitalares é um tipo de terceirização rentável, pois garante acesso a aparelhos modernos, bem calibrados e profissionais preparados. O investimento a ser realizado para a aquisição de equipamentos é alto, e a locação pode ser uma solução mais acessível, além da previsibilidade de custos mês a mês. Outro benefício para a gestão de equipamentos é que o tempo de resposta para atendimentos corretivos na locação é muito menor quando comparado ao tempo de resposta do fabricante ou distribuidor, no caso da compra.

Além disso, processos de manutenção e de atualização de parques tecnológicos geralmente são demorados e caros, deixando leitos parados e resulta em atrasos no atendimento. Com isso em mente, uma vez que o hospital faz a terceirização por meio da locação, é possível reduzir os custos de mão de obra especializada em engenharia clínica, além de dispensar o estoque de peças, otimizando também espaços físicos.

Engenharia clínica vai muito além da manutenção, é estratégia!

Nesse sentido, a locação de equipamentos é uma decisão estratégica para a gestão, sendo uma escolha que se justifica, porque ao contratar esse tipo de negócio, gestores podem oferecer mais opções de serviços a um custo menor aos pacientes. Permite também contar com a eficácia e segurança do suporte, porque evita preocupações com instalação, treinamento de equipes, obsolescência tecnológica, calibração e manutenção, pois em alguns casos existe a reposição através de aparelhos backup.

A definição por um modelo de implantação dependerá da estratégia da instituição e do seu porte, além de quanto tempo e recurso serão demandados para gerenciar sua estrutura. Ou seja, definir por um modelo ou outro é uma estratégia institucional. O mais importante é que a engenharia clínica não seja negligenciada. É preciso investir em uma mudança cultural, disseminando, através das lideranças, a cultura de gestão das tecnologias médicas.

Clean Medical trabalha com locação dos melhores e mais atualizados equipamentos médico-hospitalares do mercado, sendo referência neste ramo, com todas as certificações exigidas e procedimentos de qualidade. Uma vez que os aparelhos são locados, as calibrações e manutenções necessárias estão garantidas em contrato, sem que o cliente tenha que arcar com gastos extras.

A empresa presta serviços de locação e comércio de equipamentos médico-hospitalares para todo o território nacional. Conta com um departamento comercial eficiente, preparado para atender todos os tipos de clientes e suas respectivas demandas. Além disso, disponibiliza equipamentos com entrega rápida e segura.

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Publicado em: 27/01/23 por Portal Hospitais Brasil